Doutor morte, apelido dado ao médico
Farid Fata, Oncologista que submeteu varias pessoas a tratamento de
quimioterapia, o problema é que vários pacientes não tinha câncer.
Médico Farid Fata
Entenda,
Nesta semana, dezenas de pessoas compareceram a um tribunal em Detroit,
nos Estados Unidos, para testemunhar contra o médico. Elas chegaram ao local
fragilizadas, apoiadas por bengalas, alguns com suas articulações enfaixadas e
quase todas exaustas pelo desgaste físico e psicológico causado por anos de
quimioterapia. Ali, revelaram um fato aterrorizante: seu oncologista havia
mentido para elas, que nunca haviam tido câncer.
Durante o julgamento o médico, ficou imóvel sem demonstrar nenhum tipo
de arrependimento, enquanto escutava vitimas e testemunhas a contar o que elas
haviam passado.
O FBI afirma que o médico não apenas
diagnosticou e tratou casos falsos de câncer como também prescrevia tratamentos
caros e agressivos a pacientes que estavam em fase terminal e não teriam
chances de sobreviver.
"Eu te odeio, Farid Fata", disse Laura Stedfeld ao médico em tom de voz elevado. "Você é repugnante. Você é um monstro. Evidentemente, é um covarde já que não consegue nem me olhar. Você me envenenou, me torturou e matou meu pai."
As motivações do médico eram claramente econômicas, segundo a denúncia da acusação. Entre 2007 e 2013, Fata apresentou faturas num total de US$ 225 milhões (R$ 725 milhões) ao Medicare, o sistema de seguro de saúde estatal dos Estados Unidos.
Esta fraude era feita por meio da sociedade Michigan Hematology
Oncology, que dispunha de sete clínicas no Estado de Michigan.
No julgamento, o médico Fata declarou-se culpado de 16 acusações, entre elas
conspiração, fraude e lavagem de dinheiro - e agora está sendo forçado a ouvir
os testemunhos das pessoas cujas vidas arruinou antes de o juiz decretar sua
sentença.
A promotoria demanda uma pena de prisão de 175 anos para o médico,
enquanto seus advogados pedem que este tempo seja reduzido para 25 anos.
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